sexta-feira, 20 de junho de 2008

Exercício Resolvido

QUESTÃO – PRATICA:

A empresa “Bolchique” apresentou os seguintes gastos do mês de Junho:

Matéria-prima consumida = R$ 14.400,00
Salário das 5 costureiras (MOD)= R$ 4.200,00
Depreciação das máquinas de costura = R$960,00
Aluguel do prédio da fábrica = R$ 780,00
Salário do chefe de produção = R$1.200,00
Energia elétrica da fábrica = R$ 720,00
Gastos com limpeza da fábrica = R$96,00
Seguro contra incêndio da fárica = R$ 84,00
IPTU da fábrica - parcela mensal = R$ 120,00
Salário da administração = R$2.880,00
Material de consumo - escritório = R$60,00
Despesas de markting = R$900,00
Despesas de entrega = R$ 348,00
Comissões de vendedores = R$ 2.400,00
Juros pagos = R$480,00
TOTAL GASTOS = R $ 480,00

INFORNAÇÕES ADICIONAIS:

-A empresa produz dois tipos de Bolsas: Simples e Sofisticada
-No mês foram produzidas 854 unidades de boneca Moreninha e 487 unidades da boneca Branquinha.
-A empresa vendeu, em abril, 400 unidades de bolsas sofisticada, a R$ 25,00 cada de 400 unidades de bolsas simples a R$ 23,00 cada.
-Impostos incidentes sobre as vendas referente a valor do Faturamento Bruto: 18%



Com base nas informações acima, pede-se:Organizar um quadro, separando os Custos de Produção das Despesas (agrupar as despesas em Administrativas,Comerciais e Financeiras).

Custos de Produção: R$
Matéria-prima consumida 14.400,00
Salário das 5 costureiras (MOD) 4.200,00
Depreciação das máquinas de costura 960,00
Aluguel do prédio da fábrica 780,00
Salário do chefe de produção 1.200,00
Energia elétrica da fábrica 720,00
Gastos com limpeza da fábrica 96,00
Seguro contra incêndio da fárica 84,00
IPTU da fábrica - parcela mensal 120,00
TOTAL 22.560,00

Despesas administrativas R$
Salário da administração 2.880,00
Material de consumo - escritório 60,00
TOTAL 2.940,00

Despesas de vendas R$
Despesas de markting 900,00
Despesas de entrega 348,00
Comissões de vendedores 2.400,00
TOTAL 3.648,00

Despesas financeiras R$

Juros pagos 480,00
TOTAL 480,00



2)Identificar qual o total dos custos FIXOS e VARIÁVEIS.





3)Organizar um quadro, apropriando:

-os custos aos direitos aos dois produtos produzidos pela empresa,considerando que da Matéria prima total utilizada, 55% foi destinado à produção das bolsas sofisticadas .No caso da Mão-de-obra direta,sabe-se que 3 costureiras se dedicam somente à produção das bolsas sofisticadas, ao passo que 2, trabalham na produção das bolsas simples.

-Os Custos Indiretos de Fabricação – CIFs, proporcionalmente ao tempo despedindo na fabricação de cada produto (Mão-de-obra direta).

-Apurando o custo total da produção de cada produto, bem como o custo unitário de fabricação de cada produto.

Matéria-prima R$
Bolsa Sofisticada 7.920,00
Bolsa Simples 6.480,00
TOTAL 14.400,00

Mão-de-obra R$
Bolsa Sofisticada 2.520,00
Bolsa Simples 1.680,00
TOTAL 4.200,00






4)Calcule e demonstre:

a) A Receita Bruta de Vendas d)O Valor do Estoque Final
b)O Custo das Mercadorias Vendidas e)A margem de lucro (se houver)
c)O Lucro Liquido do Mês



5)Qual dos dois produtos fabricados pela empresa oferece uma maior rentabilidade, considerando o mesmo volume de vendas para os dois produtos? Justifique
Bolsa Sofisticada
25,00 - 15,00 =
R$ 10,00

Bolsa Simples
23,00 - 20,00 =
R$ 3,00

À bolsa sofisticada oferece mais rentabilidade, pois gera um lucro de R$ 10,00 e o lucro da bolsa simples é de apenas R$ 3,00

sábado, 14 de junho de 2008

GLOSSÁRIO


CUSTOS:
É o valor de aquisição de um Bem. Gastos com o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para obtenção de um produto, de um serviço, ou de uma atividade que deverá gerar receitas.

CUSTOS FIXOS:
Consumo de recursos que dentro de determinada capacidade de produção da empresa, tendem a permanecer constantes em seu total, apesar das variação do volume de produção e ou vendas.
Ex.: Salários Gerência Industrial, Manutenção, Salários Supervisão Industrial, aluguéis, Depreciação de Máquinas e Equipamentos.

CUSTOS SEMI-VARIÁVEIS
Também chamados de semi-fixos, são aqueles que contém tanto elementos fixos como variáveis

CUSTOS VARIÁVEIS:
Consumo de recurso que tendem a variar em seu total, conforme flutuem as atividades produtivas da empresa.
Ex.: Mão-de-Obra Direta, Matéria-Prima, Embalagens, etc.

DESPESAS:
Gastos com consumo de recursos com Bens ou Serviços Consumidos ou utilizados "direta" ou "indiretamente" para a obtenção de receitas.

DESPESAS FIXAS:
Gastos com consumo de recursos que não variam diretamente e proporcional com a Receita Operacional. Representam os gastos da estrutura fixa da empresa.
Ex.: Despesas Administrativas em Geral, Despesas Comerciais em Geral.

DESPESAS VARIÁVEIS:
Gastos com consumo de recursos diretamente relacionados ao objetivo principal, a obtenção da Receita Operacional.
Ex.: Comissões de Vendedores, Fretes e transportes sobre venda.

GASTO:
É o sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, ou seja, é o valor dos bens e serviços adquiridos pela empresa.


GESTÃO DE CUSTOS:
É um conjunto de técnicas e métodos de planejamento, avaliação e aperfeiçoamento dos produtos de uma empresa. Sua finalidade principal é fornecer as informações de que as empresas necessitam para proporcionar valor, qualidade e oportunidade que os clientes desejam.

INVESTIMENTO:
Representa a aplicação de recursos em todos os bens e direitos registrados no "Ativo" da empresa, que serão baixados pela Venda, Consumo e Amortização em futuro(s) período(s).
Ex.: Estoques em Geral, Direitos a Receber, Bens Imobilizado, Investimentos, Gastos Pré-Operacional, etc.


MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO:
É a contribuição dada a cada unidade vendida para a cobertura dos custos e despesas fixas da empresa, e após atingir o Ponto de Equilíbrio para a geração de lucros.

OPERAÇÃO:
É o termo mais apropriado a ser utilizado quando da produção de serviços.


PERDA:
É o valor dos bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Segundo a contabilidade de custos, um termo mais correto para as atividades que não agregam valor seria desperdício.

PONTO DE EQUILÍBRIO:
Refere-se ao nível de atividades de uma empresa no qual não existe lucro ou prejuízo, isto é, em que os custos e despesas são iguais as receitas.

PRODUÇÃO:
Atividades relacionadas à criação e desenvolvimento de um negócio, produto, ou serviço, apesar de ser interpretado mais comumente com o processo de transformação manufatureiro.


RECEITAS:
Acréscimos Brutos de Ativos sem ampliação de Obrigações ou Capital Social. Resulta da Venda de Mercadorias, Produtos, Bens e Serviços em Geral com acréscimos em Disponibilidades ou Direitos a Receber.
Ex.: Receita de Vendas de Mercadorias, Produtos e de Prestação de Serviços.

ARTIGO: PONTO DE EQUILIBRIO: UMA FERRAMENTA DE GESTÃO EFICIENTE

Conforme Roratto (2007) s/p, na atual conjuntura do mercado, a busca pela competitividade é um fator chave para o sucesso de qualquer empresa. Por isso, identificar e desenvolver ferramentas gerenciais eficazes é muito importante para que as organizações alcancem a sustentabilidade e possam atender às crescentes exigências do mercado. Em meio a esse ambiente é que surge a necessidade de adoção de um correto ponto de equilíbrio para a análise da organização, pois o grau de relação entre diversas variáveis - como o preço de venda, custos fixos e variáveis, margens de contribuição, etc. - possibilita aos gestores assumirem premissas que os auxiliarão no processo de tomada de decisão de curto prazo. Devido as suas características e objetivos, o ponto de equilíbrio é considerado uma das mais importantes ferramentas de gestão da atualidade. Poucas organizações sabem quais as quantidades mínimas de produtos a serem produzidos ou vendidos para que obtenham resultados positivos, e isto ocorre porque muitas não enxergam o ponto de equilíbrio como uma técnica muito útil, de fácil aplicabilidade e outros até mesmo por desconhecê-lo.O ponto de equilíbrio é o volume em que as receitas totais igualam-se aos custos totais de um mesmo período considerado. Além disso, pode ser analisado quanto a sua aplicabilidade sob três aspectos: contábil, econômico e financeiro.O ponto de equilíbrio contábil ou operacional é o mais comum e tradicional para análises, onde, conforme o explicado anteriormente, o valor das receitas iguala-se ao das despesas. É o quociente simples da divisão dos valores dos custos e despesas fixas pela margem de contribuição unitária. Nesse aspecto, não haveria lucro e nem prejuízo contábil. Outrossim, alguns especialistas ressaltam que esse aspecto já estaria ultrapassado pelo fato de não considerar plenamente os interesses dos gestores, embora seja bastante utilizado para auxilio na tomada de decisão de caráter mais urgente, quando a decisão de acertar com algum cliente possa proporcionar um elevado potencial gerador de receitas e lucros no futuro .O ponto de equilíbrio econômico é aquele que leva em consideração as despesas e as receitas financeiras, acrescidas do saldo da correção monetária, isto é, quando a soma das margens de contribuição totalizar um valor que, ao se deduzir os custos e despesas fixas, for suficiente para remunerar o capital próprio da empresa a uma taxa satisfatória aos acionistas e compatível com mercado. Seu valor se dá através do calculo da soma dos custos e despesas fixas com o valor de um lucro mínimo estipulado que atenda às exigências dos proprietários no período e o resultado dividido pela margem de contribuição. Já o ponto de equilíbrio financeiro leva em consideração valores intrínsecos aos custos e despesas fixas totais e que são apropriados sem o respectivo desembolso, como é o caso da depreciação, por exemplo. Dessa forma, o cálculo levaria em conta a diferença dos custos fixos e despesas fixas totais com os valores sem desembolso de numerário, dividida pela margem de contribuição unitária. Esse aspecto é considerado o mais completo para uma análise detalhada.Assim, a observação do ponto de equilíbrio permite de forma eficiente e simplificada identificar onde ocorreram descontroles, variações positivas e/ou negativas nos diversos itens que compõe o mesmo, bem como possibilita uma avaliação e planejamento de ajustes necessários para corrigi-las em tempo hábil de se recuperar os resultados negativos e melhorar aqueles almejados em períodos futuros.
Sobre o Autor = RODRIGO RORATTO*, CONSULTOR E ADMINISTRADOR DE EMPRESAS.* SERVIÇOS DE ASSESSORIA E CONSULTORIA PARA ORGANIZAÇÕES EM GERAL NA ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS, PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO, ANÁLISES DE LAYOUT, GESTÃO DE CARGOS, SALÁRIOS E CARREIRAS (DESCRIÇÃO DE CARGOS, PESQUISA SALARIAL, AUDITORIA DE RH, SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE PESSOAL, PLANO DE CARREIRA, ETC), PLANO DE MARKETING, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E BALANCED SCORECARD.

Artigo: Diferenças Entre Custo, Despesas, Investimento e Perda

Conforme Lopes (2007) s/p, entre Custo, Despesas, Investimento e PerdaQual a diferença entre Custo, Despesa, Investimento e Perda?Haja visto, que muitos já ouviram ou pronunciaram a seguinte expressão: “Precisamos reduzir os custos.” Será que esta frase está correta? Antes de entrarmos no assunto, faz-se necessário citar um termo que usaremos no decorrer do assunto para determinadas explicações, que é “Gasto”. Vale ressaltar de antemão que gasto é o sacrifício realizado, pela pessoa física ou jurídica, para aquisição de um bem ou serviço, seguido sempre com uma promessa de pagamento, normalmente em espécie, podendo ser também através de qualquer outro ativo da entidade, tanto da pessoa jurídica quanto física.Outrossim, sempre que há saída de dinheiro, seja para pagamento de salário, adiantamento, compra de vale transporte, reforma de um setor da empresa, etc... , costumamos ouvir: “não podemos arcar com esses custos”, “o custo disso está muito alto” ou “não vale termos essa despesa”, etc...No entanto, é necessário lembrar que um determinado gasto, pode vir futuramente tornar-se num investimento, custo ou despesa.O gasto tornar-se-á custo quando, este estiver relacionado à aquisição de bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços, ou seja, o gasto arcado com a aquisição de subsídios, relacionados á atividade fim da empresa, que será recuperado, normalmente, com um lucro previsto. Contudo, no momento em que o custo de uma produção ou prestação de serviço for desperdiçado este será considerado como Perda. Por isto, perda é todo gasto não intencional decorrente de fatores externos, gerando assim uma despesa.Entretanto o gasto realizado com um produto que será utilizado na atividade da empresa, porém, não imediatamente, irá se tornar um Investimento, isto é, gasto realizado no presente que recuperar-se-á num determinado momento, assim como o custo, mas sem uma data pré-fixada.Quando o gasto realizado, não está ligado às atividades da empresa, podemos dizer que este é uma Despesa, e, os gasto realizados após o processo produtivo, não poderá ser alocado aos custos dos produtos ou serviços que serão prestados também se tornarão uma despesa.Outrossim, a frase questionada “precisamos reduzir custos”, poderá estar correta dependendo do que está se falando, porém, pelo que vimos, não poderá se tratar do salário da administração, do material comprado hoje para alocações posteriores, ou do papel desperdiçado.Vale ressaltar que há uma distinção a ser realizada entre custos e despesas. Se um gasto for considerado despesa ele afetará diretamente o resultado do exercício, se considerado como custo afetará no resultado do exercício somente a parcela dos produtos vendidos, pois estas despesas foram alocadas no processo produtivo de empresa e será considerada como ativo desta entidade.Os investimentos costumam ser aquisições de ações, imóveis para renda, participações societárias e outros.As perdas estarão sempre ligadas ao gasto não intencional, ao desperdício de produto ou deterioração do mesmo, fora de uso ou material obsoleto. Para que sejam realizados bons controles e a classificação de gastos é necessária à presença de profissionais qualificados para o serviço. As empresas costumam chamar consultores externos, pois estes têm bons conhecimentos e facilidade de suprimir diversas situações que sua empresa possa estar passando.
Sobre o Autor = Maiccel Lopes, Contador, Consultor Contábil e Financeiro

Artigo: Controle dos Estoques e Logística: Receita de Sucesso

Conforme Fernandez (2007) s/p, os estoques representam capital investido, lançado no ativo da empresa e com liquidez dependente do volume produzido e vendido (ou apenas revendido, no caso do comércio). Apesar de, quanto mais se vender, teoricamente o ganho obtido ser maior1, torna-se estratégico para qualquer empresa o controle adequado de seus estoques, de forma a reduzir os custos gerados pela existência deles.O ideal para as empresas seria efetuar as aquisições de estoques somente para atender os pedidos de seus clientes e, assim, obter a redução dos custos envolvidos.Infelizmente, a assim chamada entrega just in time (a tempo)2 é muito difícil de obter, pois depende quase exclusivamente do fornecedor, e haverá situações em que este não cumprirá com o prazo estabelecido, afetando qualquer planejamento prévio que tenha sido feito por sua empresa.Portanto, caso não esteja bem dimensionado seu volume de estoques, a empresa pode acabar por ficar sem produtos para atender seus processos fabris e/ou seus clientes ou mesmo, por outro lado, perder dinheiro com o encalhe desses estoques mal planejados. É um sério risco, apesar de existirem técnicas que ajudam muito num dimensionamento adequado.É famoso o caso das primeiras empresas de vendas pela Internet, que subdimensionaram seus estoques de funcionamento, certas que estavam da garantia de entrega de seus fornecedores e que, após venderem grandes quantidades, não conseguiram entregar os produtos a tempo para os clientes. Percebe-se o dilema dessas empresas, pois como a armazenagem sempre gera custos e despesas3 (exemplos: aluguéis das áreas de armazenagem, impostos, depreciação do imóvel, manutenção, seguros, mão-de-obra para controle dos estoques, custo de aquisição dos materiais estocados, risco de obsolescência e perdas), se fosse possível minimizá-las através do just in time, o lucro seria maior, através da remessa direta do fornecedor ao cliente final. Essas empresas da Internet seriam apenas intermediárias no processo de venda e se esquematizariam desde o início para isso.Entretanto, devido aos problemas de fornecimento citados, elas perderam competitividade, ao terem de reformular seu negócio com o acréscimo de estoques a fim de viabilizar sua existência como empresa. Isso fez com que muitas não agüentassem os custos adicionais. Várias fecharam.Cito mais um caso, para se ter uma idéia do quão problemática é a questão do controle de estoque: o de uma empresa do ramo médico na qual atuei, cujos produtos têm lote e data de validade, que recebe suas importações da matriz de forma aleatória, ou seja, pode receber produtos que irão vencer antes, após o recebimento de lotes mais novos. O controle do estoque tem de ser feito num esquema do tipo PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai), mas tendo como base a data de validade, ou seja, o primeiro que vence é o primeiro que deve sair. Apesar disso, são comuns as perdas por expiração da data de validade. E os produtos são caros...O valor dos estoques, entretanto, não é igualmente proporcional em todos seus itens4.Essa é a base de conhecimento que permite gerar a chamada Curva ABC, que classifica os produtos em três categorias, das quais o valor de A representa a maior parte do valor dos bens estocados (80%), apesar de ser a menor parte em quantidade (15 a 20%). B por sua vez representa de 35 a 40% dos bens, porém valendo em torno de 15% do total estocado, enquanto C representa a grande maioria dos materiais (40 a 50%), porém valendo apenas de 5 a 10% do total do estoque (percentuais mencionados no citado artigo4).Isso significa, que os esforços no controle de estoque em sua empresa devem ser centralizados nos itens que compõem a classe A, os mais valiosos mas em menor quantidade (claro que as classes B e C não devem ser negligenciadas).O uso dos computadores e programas de gestão auxiliam em muito o processo de controle dos estoques. ***Responsável pelo sucesso das empreitadas militares desde os tempos antigos, a logística5 vem, modernamente, sendo uma valiosa aliada das empresas. Ela tornou-se parte primordial das relações comerciais globalizadas. Sua importância estratégica cresce a todo momento e pode ser sentida em toda sua força, no dia-a-dia das cidades.Imagine o esforço e dinheiro que são gastos diariamente no abastecimento da Grande São Paulo: Essa trabalheira toda envolve, só na capital, 200.000 caminhões!6Esse volume enorme de veículos aumenta ainda mais o caótico trânsito da metrópole (ver meu artigo SÃO PAULO: ESTÁGIO PARA O INFERNO), e as entregas feitas por eles geralmente atrasam devido ao grande volume de tráfego. Para reduzir esses problemas, as empresas têm investido em tecnologia -- em especial em programas de computador responsáveis por traçar e cronometrar os roteiros das cargas.6 Como a logística tem por missão a disponibilização nos seus respectivos locais de consumo, dos bens e serviços corretos, entregues em tempo hábil e na condição que o cliente deseja, ao menor custo possível5, é essencial entender que nenhuma empresa pode funcionar sem executar atividades logísticas e, portanto, reduzir custos nestas atividades é fundamental a fim de aumentar a competitividade do negócio.Levando-se em conta que no custo total da logística há três atividades denominadas primárias, que contribuem com a maior parcela desse custo, os esforços para redução dos valores gastos e otimização das atividades devem ocorrer preferencialmente nelas5:-- Custos de transportes: como não existem operações de empresas sem deslocamentos de materiais (incluindo aí os produtos acabados) e pessoas, percebe-se não só a importância desse custo, como também seu peso (de 1/3 a 2/3) no custo logístico total. Para minimizar os gastos nesta atividade, é importante escolher o modal mais adequado (por exemplo: rodoviário, ferroviário, aeroviário, hidroviário, correio, couriers etc.), com a melhor relação custo x benefício, observando sempre os tempos de deslocamento, os melhores roteiros e os volumes que serão transportados;-- Custos de manutenção dos estoques, já comentados anteriormente neste artigo;-- Custos de processamento de pedidos: apesar de seu valor ser pequeno, quando comparado com os custos anteriores, o processamento de pedidos é fundamental na questão da qualidade e rapidez no atendimento aos clientes.Portanto, ao administrarmos de forma adequada nossos estoques e a logística empregada nos processos de compra e venda, algumas das etapas mais importantes na gestão do negócio estarão asseguradas.Notas1. Sérgio de Iudícibus, na época professor da FEA/USP, em seu livro Análise de Balanços, comenta acerca de um Quociente de Atividade muito importante para a empresa: o índice de Rotação de Estoques, expresso pela fórmula:Rotação de Estoques = Custo dos Produtos Vendidos / Estoque Médio de Produtos AcabadosEste índice procura “representar quantas vezes se ‘renovou’ o estoque por causa das vendas” e pode ser aplicado, também, “aos estoques de materiais e de produtos em elaboração”.Entretanto, um aumento desse índice não representa, necessariamente, aumento no lucro.2. Just in Time, também conhecido como Sistema de Produção Toyota ou Sistema Kanban, é, segundo o Dicionário de Economia e Administração de Paulo Sandroni, “um sistema de controle de estoques no qual as partes e componentes são produzidas e entregues nas diferentes seções, um pouco antes de serem utilizadas.”3. Os custos mais comuns, associados aos estoques, são, segundo o Prof. Segura em seu artigo Gestão de Estoques e Armazéns, publicado na Enciclopédia de Direção, Produção, Finanças e Marketing da Nova Cultural:“Custo de posse do estoque”, compostos principalmente pelos custos “financeiros [decorrentes do estoque], os de armazenamento e os de obsolescência”;“Custo do pedido”, que inclui “os custos variáveis relacionados com o lançamento de um pedido ou o encaminhamento de um lote de produção”. Efetuar compras ou produção nos chamados lotes econômicos é indispensável para reduzir este custo;“Custo de ruptura”, relacionado “com o fato de não poder atender à demanda quando esta se apresenta”. Deixar de vender é um custo que, apesar de subjetivo, importa muito à empresa;“Custo de aquisição”, que corresponde “ao montante pago pelos materiais comprados”.O “Custo total do estoque” será obtido através da somatória dos custos descritos. 4. “É um fato conhecido que uma alta porcentagem do investimento em estoques se encontra concentrada num pequeno número de artigos.” – Jaime Ribera Segura, na época Professor no IESE (Instituto de Estudios Superiores de la Empresa -- España) – Gestão de Estoques e Armazéns -- 1986 -- artigo publicado na Enciclopédia de Direção, Produção, Finanças e Marketing da Nova Cultural.5.“O trajeto desde a obtenção da matéria-prima até a recepção e aceitação do produto pelo consumidor final é a rede logística.” “[Hoje é considerada] um dos conceitos gerenciais mais modernos [e seu propósito] vai desde a gerência das matérias-primas até a entrega do produto final”. -- Prof. Almir G. Santos, 2002.“A logística pode ser entendida como a coordenação da estocagem, do transporte, dos inventários, dos armazéns, das comunicações e do movimento de produtos acabados desde a empresa até o cliente... a área de logística requer investimentos (armazéns, meios de transporte, equipamento de movimento de materiais, meios para tratar da informação etc.) e também pessoal... as tarefas de logística podem ser consideradas de duas maneiras: simples meio para colocar os produtos no mercado; ou um setor da empresa que, projetado e administrado corretamente, traz vantagens competitivas.” -- A Logística -- Marcelo Paladino, na época Professor de Direção da Produção no Instituto de Altos Estudos Empresariais de Buenos Aires na Argentina -- 1986 -- artigo publicado na Enciclopédia de Direção, Produção, Finanças e Marketing da Nova Cultural.6. “O desafio do abastecimento” matéria de Celia Demarchi na Revista Exame SP, edição 19 de novembro/2002, Editora Abril.Fonte deste artigoFernandez, Henrique Montserrat. Evitando a Falência, iEditora, 2003.
Sobre o Autor = Henrique Montserrat Fernandez é Administrador com pós-graduação em Análise de Sistemas e MBA em TI/E-Management pela FGV. Ex-professor universitário, tem 29 anos de atuação profissional. É especialista nas normas ISO 9000, sendo Lead Auditor pela Perry Johnson Inc

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sábado, 7 de junho de 2008

Perguntas e Respostas

1. O que é contabilidade de custos?
É o estudo da composição e do calculo dos custos de uma empresa. É um enfoque particular da Contabilidade que tem como objetivo coletar dados relativos à produção, processar e gerar informações para a tomada de decisão de uma empresa, por isso o caráter gerencial. A contabilidade de custos tem como característica o caráter interno, mas não é obrigatória para as empresas.

2. Quais os principais objetivos básicos da contabilidade de custos
Conforme Kroetz (2003) os principais objetivos da contabilidade de custo é:
· Avaliar os estoques;
· Atender as exigências fiscais;
· Determinar resultados;
· Planejar;
· Formar preço de venda
· Controle gerencial;
· Avaliar desempenho;
· Controle operacional;
· Analisar alternativas;
· Estabelecer parâmetros;
· Obter dados para orçamentos;
· Tomar decisões.

3. Qual a relação entre os princípios da competência, prudência e uniformidade com a contabilidade de custos?
Estes conceitos fazem parte de um conjunto de conceitos e procedimentos aplicados a contabilidade de custos.
O principio da prudência considera que todas as despesas e prejuízos devem ser previstos e provisionados, mas na duvida de um custo deve considerar por prudência o custo mais alto. No principio da competência as receitas, as despesas e os custos devem ser reconhecidos na apuração do resultado do período a que pertencerem, mesmo se a empresa antecipar o pagamento do aluguel, referente há três meses a contabilidade de custo dividi o valor pago por três meses e considera 1/3 como despesa ou custo de cada mês. E o principio da uniformidade considera que a empresa deve manter um determinado método de registro contábil, para permitir a comparabilidade com os anos anteriores, mas havendo mudança de critérios, o seu efeito deve ser divulgado nas demonstrações financeiras.

4. A partir de que século a Contabilidade de Custos teve um grande desenvolvimento?
A contabilidade de Custos era tratada apenas como um suporte para Contabilidade Financeira, depois da segunda guerra mundial no século XX, teve seu maior desenvolvimento, passando a ser vista com enfoque gerencial.

5. Por que é necessário que as empresas industrias tenham um bom sistema de custos?
Porque com base em um bom sistema de custos, as industrias definem o custo unitário de cada unidade produzida e a lucratividade de cada produto, de acordo com o preço de venda estabelecido.

6. Os fatores de custos de um produto em uma empresa industrial são os mesmo que em uma comercial?
Sim. Porque como em uma empresa industrial, a comercial tem atividades de compra, estoque e venda de mercadorias.

7. Qual a diferença entre custos e despesas?
Custo é a soma dos valores gastos com a fabricação de um produto ou execução de um serviço e despesas é são os gastos com utilização de serviços das áreas administrativas, comercias e financeiras que visa à obtenção de receitas.

8. Qual a diferença entre custos diretos e indiretos?
Custos diretos são aqueles facilmente percebidos em cada produto ou serviço e os custos indiretos são aqueles que beneficiam toda a produção, ou seja alugueis, depreciações, salário da supervisão.

9. O que são considerados custos de transformação?

É o custo da transformação do material em produtos.

10. Qual a diferença entre custos fixos e custos variáveis?
Custos variáveis são aqueles que variam conforme a produção, quanto maior for o volume da produção ou venda, maiores serão os custos totais, mas em termos unitários permanecem constantes. E os fixos são aqueles que independem das quantidades produzidas e vendidas e em termos unitários, quanto maior for o volume de produção ou venda, menores serão os custos por unidade.

11. O que são custos semivariáveis?
São os custos que possuem uma parcela fixa e uma variável

12. Em que consiste o sistema de custeio por absorvição?
Custeio por absorvição siginifica a apropriação aos produtos fabricados em uma empresa, de todos os custos incorridos no processo de fabricação, quer sejam de comportamentos fixos ou variável.

13. Em que consiste o sistema de custeio variável?
O sistema de custeio variável prevê uma apropriação de caráter gerencial, considerados apenas os custos variáveis dos produtos vendidos; os custos fixos ficam separados e considerados como despesas do período.

14. O que são custos indiretos de fabricação – CIF? Exemplifique
Custos indiretos são os custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço, CIF é quando uma empresa produz mais de um bem ou serviço e se quer saber o custo total de um determinado bem ou serviço, então apropria-se de forma proporcional toda a produção deste bem ou serviço a um custo direto.

15. qual o tratamento variável deve ser dado ao desperdício ou perda?
Perda é um bem ou serviço consumido de forma involuntária, mas devem-se ser considerados todos os custos e despesas destes produtos.

16. É verdade que o custo variável unitário é fixo, enquanto o custo unitário é variável?
Sim. Porque nos custo diretos, os custos fixos e variáveis são divididos proporcionalmente pela quantidade de produtos fabricados, ou seja, os CIFS são apropriados de forma proporcional à matéria prima, ou mão de obra, ou a outro.

17. O que significa ponto de equilíbrio (Break Even Point)? Como calculá-lo?
Ponto de equilíbrio, do inglês break-even-point, é a denominação dada ao estudo, nas empresas, onde o total das receitas é igual ao total das despesas. Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero.
Ponto de Equilíbrio = Custo Fixo / (preço de venda – custo variavel unitário)

18. Como usar a alavancagem operacional para prever o lucro?
Basta dividir a porcentagem do acréscimo no lucro pela porcentagem de acréscimo no volume.

19. O que é margem de contribuição?
Margem de contribuição é quanto cada serviço ou produto vendido contribui para as despesas fixas mensais e quanto contribui para formar o lucro.
Margem de contribuição é igual ao valor das vendas menos o valor dos custos variáveis e das despesas variáveis.
MC = vendas – (custos variáveis + despesas variáveis)

20. Qual legislação que exige que as empresas tenham uma contabildade de custos?
A contabilidade de custo não é obrigatória, mas é muito importante para o gestor, porque diferentemente da contabilidade a contabilidade de custo centra a sua atenção no estudo da composição e no calculo dos custos, bem como observa o resultado dos agentes do processo produtivos e determina o valor exato dos estoques existentes, de produtos acabados e de produtos em fabricação, com a finalidade de controlar o processo produtivo da empresa.

21. O que é custeio ABC?
ABC é uma ferramenta de custeio mais voltada à gestão de negócio, uma vez que, a partir o histórico de custos ou orçamento de determinado período, proporciona uma visão diferenciada do consumo de recursos das organizações.

22. Quais Os principais autores e livros do Brasil que tratam de custos?
.Custo como Ferramenta Gerencial do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
.Contabilidade e Finanças para não especialistas de Hong, Marque e Prado
.Contabilidade de Custos de Eliseu Martins
.Curso Básico Gerencial de Custos de Clóvis Luís Padove
.Curso de Contabilidade de Custos de George S. G. Leone
.Planejamento, Implantação e Controle de George S. G. Leone

23. Qual o papel de um Controller numa empresa?
Esse profissional é o responsável pela informações gerenciais relevantes à administração, contribui com informações decisivas em questões fiscais e legais, fornece subsídios históricos e futuros e agrega valor ao negócio.
O Controller é freqüentemente chamado a sentar no comitê executivo da empresa para opinar sobre temas como fluxo de caixa, investimentos, normas e procedimentos, aquisições, preços, custos, etc...




quarta-feira, 21 de maio de 2008

A importância da gestão de custos, para a tomada de decisão

As mudanças ocorridas no século XX foram, relativamente, mais significativas do que todo o progresso econômico e social da humanidade até o fim do século XIX.
Essas conquistas são conseqüências da dedicação e das pesquisas científicas dos homens, associadas aos inúmeros interesses econômicos e financeiros das organizações e das nações.
Os empreendedores se postam diante de um novo cenário de ordem econômica e social, cujo nome é globalização.
A globalização define um mercado que se apresenta cada vez mais competitivo e as empresas precisam buscar um diferencial para garantir seu espaço. Os negócios estão diferentes e de ganhos mais difíceis e modestos. Nos dias atuais, a gestão dos negócios requer mais dedicação e muita persistência.
O lucro deixou de ser atributo da receita, das vendas, mas, sim, função resultante dos custos incorridos, de tal modo que, almejar lucro, é conter custos. Lucros e custos são grandezas inversamente proporcionais. O lucro será máximo se o custo for mínimo.
Em qualquer circunstância, é sempre possível conter custos, seja pela racionalidade das tarefas, pelo combate implacável aos desperdícios e pela eliminação dos supérfluos.
Buscar atingir padrões ideais de competitividade, aliados à otimização da qualidade e da produtividade, será grandemente facilitado, com as informações gerenciais geradas pela Contabilidade de Custos, que estarão auxiliando a tarefa do Contador de Custos, na busca da realização correta dos seus propósitos.
Dentro do princípio da economia de escala, deslocar o ponto-de-equilíbrio seria a mais fácil solução: o simples aumento da produção restabeleceria a margem de lucro desejada. Isso, entretanto, não significaria a otimização dos seus resultados, pura e simplesmente. Haveria ainda a considerar se o mercado absorveria esse acréscimo de produção.
Não sendo possível elevar o seu nível de produção, nem aumentar os preços, o que se reveste da maior importância, antes de mais nada para a empresa, é promover meios para a obtenção de melhores índices de eficiência, com o aumento da produtividade de todos os fatores da produção, representados pelos seus recursos materiais, humanos e financeiros.
Os sistemas de custos se desenvolveram a partir de uma crescente necessidade de aprimorar os métodos de avaliação dos estoques, nas empresas industriais, principalmente quando um significativo volume de produtos em elaboração exigia uma mais acurada medição e conseqüente valorização dos inventários. Com a introdução de novas tecnologias de produção e de novos processos de fabricação, além do surgimento de materiais artificialmente elaborados, a investigação dos custos foi se tornando cada vez mais exigível.
Tornou-se então o mais adequado elemento para o gerenciamento dos negócios e da tomada de decisões, proporcionando ainda informações confiáveis para a projeção de resultados e para estudos econômicos.
Observa-se então que a Contabilidade de Custos, a partir daí passa a oferecer elementos de medição e análise para alcançar objetivos administrativos e econômicos, além dos financeiros.
Com a sua utilização, as informações significativas para a gestão dos negócios da empresa, em ambientes de maior competitividade, permitem perseguir índices mais elevados de produtividade e qualidade, com conseqüente redução de desperdícios, inclusive o tempo ocioso de máquinas e pessoal.
Alcançar melhores resultados, naturalmente significa estabelecer um correto planejamento das atividades e correspondente controle, passando-se a obter informações da maior relevância para a apreciação do que a empresa realiza e do que pretende realizar.
Ao mesmo tempo, novas tecnologias de produção, inclusive com o avanço da tecnologia, que modificou sensivelmente os conceitos de custo da mão-de-obra direta, alteraram substancialmente os tradicionais modelos de custeio da produção.

Por meio da adequada utilização da informação contábil, os gestores são capazes de orientar as decisões sobre o melhor mix de produtos, escolher a melhor fonte de fornecimento e avaliar o desempenho dos processos operacionais internos. Sendo possível, ainda, verificar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez nas operações de produção e avaliar oportunidades e ameaças de mercado.Por meio da adequada utilização da informação contábil, os gestores são capazes de orientar as decisões sobre o melhor mix de produtos, escolher a melhor fonte de fornecimento e avaliar o desempenho dos processos operacionais internos. Sendo possível, ainda, verificar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez nas operações de produção e avaliar oportunidades e ameaças de mercado.

Por meio da adequada utilização da informação contábil, os gestores são capazes de orientar as decisões sobre o melhor mix de produtos, escolher a melhor fonte de fornecimento e avaliar o desempenho dos processos operacionais internos. Sendo possível, ainda, verificar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez nas operações de produção e avaliar oportunidades e ameaças de mercado.